Finanças

Novo golpe usa nome de banco falso que não existe no Brasil: entenda

Um novo golpe está fazendo com que brasileiros sejam lesados a partir da identidade visual de um banco internacional.

Nos últimos anos, o ambiente digital tem se tornado palco para uma ampla variedade de fraudes, impulsionadas pela facilidade de disseminação de informações falsas e pela vulnerabilidade de usuários em busca de soluções rápidas para problemas financeiros.

Com a popularização das redes sociais e aplicativos de mensagens, golpistas se aproveitam da visibilidade desses canais para aplicar armadilhas que parecem legítimas, mas escondem intenções maliciosas.

Além disso, muitas vítimas compartilham as promessas sem verificar a veracidade das fontes, ampliando ainda mais o alcance dessas práticas. Por isso, é essencial manter uma postura crítica diante de ofertas tentadoras, especialmente quando envolvem promessas de crédito fácil.

Cuidado com o golpe online que está fazendo vítimas em todo o país.
Cuidado com o golpe online que está fazendo vítimas em todo o país. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

Novo golpe virtual usa banco indisponível no Brasil

Um novo tipo de golpe tem circulado nas redes sociais, prometendo cartões de crédito com limite inicial elevado a pessoas com restrições no CPF. A proposta é atrativa: um cartão supostamente vinculado ao banco Slice, com um limite de até R$ 6 mil, disponível mesmo para consumidores negativados.

As postagens aparecem em formatos variados, como vídeos ou banners, geralmente acompanhadas de links que direcionam o usuário para páginas suspeitas. O tom convincente dos anúncios visa captar a atenção de quem busca oportunidades de crédito, tornando a fraude ainda mais perigosa.

Apesar da aparência legítima, o banco citado nas postagens não possui autorização para atuar no Brasil. O Slice é uma instituição financeira com sede na Índia e, de acordo com o Banco Central, não faz parte das 173 entidades autorizadas a operar no mercado nacional.

O uso indevido do nome do banco configura uma tentativa clara de enganar os consumidores, que acabam acreditando na promessa de um benefício financeiro inexistente. Dessa forma, os criminosos exploram a imagem de uma marca internacional para conferir credibilidade ao golpe.

Relatos de consumidores nas redes sociais e no site Reclame Aqui reforçam os indícios de fraude. Muitos afirmam ter pago taxas de envio e abertura de conta, sem nunca receber o cartão prometido. Outros relatam que, após a conclusão do pagamento, o site responsável pela venda desapareceu.

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Cuidados para não cair em golpes online

Diante da sofisticação das fraudes digitais, adotar medidas preventivas se torna indispensável. Para evitar cair em armadilhas como a do cartão Slice, é necessário seguir algumas orientações práticas e eficazes.

  • Pesquise antes de confiar: Antes de clicar em links ou fornecer informações, pesquise sobre a empresa. Verifique se ela está cadastrada no Banco Central, consulte o site oficial e leia comentários de outros consumidores em plataformas como o Reclame Aqui.
  • Desconfie de promessas muito atrativas: Ofertas de crédito com limites altos, sem análise de crédito, geralmente indicam fraudes. Bancos legítimos sempre realizam algum tipo de verificação de perfil antes de liberar valores.
  • Não forneça dados pessoais em sites desconhecidos: Evite digitar CPF, número de documentos, senhas ou dados bancários em páginas de origem duvidosa. Sites falsos muitas vezes imitam visualmente páginas verdadeiras para enganar o usuário.
  • Verifique o endereço eletrônico (URL): Golpistas costumam criar domínios parecidos com os de empresas verdadeiras. Analise com atenção o endereço do site e evite clicar em links compartilhados por redes sociais sem confirmação da fonte.
  • Denuncie e compartilhe informações seguras: Se você identificar um golpe ou tiver sido vítima, denuncie às autoridades competentes e informe outras pessoas sobre a fraude. Assim, você ajuda a interromper a disseminação da prática e protege outros usuários.

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Fraudes digitais crescem com uso indevido de marcas reconhecidas

O uso de nomes de instituições financeiras reais, mas inativas no Brasil, tornou-se uma estratégia comum entre golpistas. Ao associar sua fraude a uma marca legítima, ainda que estrangeira, eles criam uma falsa sensação de segurança nos consumidores.

Isso torna o golpe mais difícil de ser detectado imediatamente, principalmente por quem não está familiarizado com os detalhes do sistema financeiro nacional. O caso do banco Slice é um exemplo claro dessa tática. Mesmo sem operar no país, sua imagem foi apropriada por criminosos.

Além disso, as postagens nas redes sociais, com linguagem persuasiva e promessas específicas, contribuem para reforçar a credibilidade do anúncio, enganando milhares de pessoas. A ausência de fiscalização nas plataformas digitais permite que essas propagandas circulem por mais tempo.

Portanto, é essencial manter-se informado e vigilante diante de ofertas inusitadas, especialmente quando envolvem promessas de crédito imediato. A educação financeira e digital, aliada à checagem de informações em canais confiáveis, é uma das armas mais poderosas contra fraudes.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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